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Após balsa afundar, moradores improvisam com barcos na travessia do Rio Piquiri

Após balsa afundar, moradores improvisam com barcos na travessia do Rio Piquiri

Quem sair de Guaraniaçu para Campina da Lagoa ou vice e versa de carro, agora terá que fazer outro caminho

[dropcap]A[/dropcap] barranca do Rio Piquiri amanheceu cheia. Muita gente ainda assustada com o que aconteceu ontem à tarde. Dentro da água aparecem apenas parte do caminhão e do abrigo da balsa.

A balsa estava fazendo a travessia de um caminhão carregado com milho por volta das 15h. Logo no início do trajeto um barulho foi ouvido e cerca de 20 minutos depois, ela afundou.

Marcelo era o motorista do veículo. Deu tempo de todo mundo escapar e ninguém se feriu.

O Rio Piquiri é o limite dos municípios de Guaraniaçu e Campina da Lagoa. Ele corta a PR 471, que liga as BRs 277 e 369. E apesar de ser uma rodovia estadual ela é toda de terra. Assim como não houve atenção do poder público para asfaltar a rodovia, também não houve uma preocupação de arranjar uma maneira dos moradores atravessarem o rio.

Por isso, há 40 anos, moradores da região colocaram a balsa para facilitar o acesso aos dois lados. A embarcação era movida com cabos de aço e ajudada com o pequeno motor. Com o auxílio dela, os moradores atravessavam em poucos minutos os 140 metros.

Quem teve que atravessar o Rio Piquiri hoje precisou passar de barco. A balsa fazia uma média de 30 travessias por dia. No momento em que afundou o peso dela era de 30 toneladas. O limite é de 40. Um pouco antes do acidente, Wesley havia passado por aqui e quando voltou já não tinha mais balsa.

Quem sair de Guaraniaçu para Campina da Lagoa ou vice e versa de carro, agora terá que fazer um caminho de mais de 200 quilômetros. Coma balsa, a distância era de menos de 30.

A intenção agora é de que o acidente se transforme em incentivo para que o poder público atenda uma necessidade antiga.

Fonte: Jornal Catve 1ª edição

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