Lobisomem invade o imaginário virtual na quaresma
Em plena contemporaneidade, uma câmera de segurança da pacata localidade de Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba, teria flagrado o tranquilo passeio de um suposto lobisomem. Surreal e viral, o registro da suposta aparição circula pelas redes sociais e evoca tradições e crendices mil.
Curiosamente, Campo Magro foi o cenário escolhido para as cenas do curta-metragem “O Lobisomem de Antônio Olinto”, rodado em 2008. O fato é que o período da quaresma parece inflamar o imaginário popular.
Na zona rural de cidades como Maria Helena, Umuarama e outras cidades do interior, ainda é possível encontrar narrativas sobre lobisomens, mulas sem cabeça ou encontros com o próprio “coisa ruim” (diabo), que utiliza várias formas para assombrar pessoas descuidadas que se aventuram a sair nas noites da quaresma. Tradição repassada de geração em geração.
Para o frei Fabiano Zanatta, da paróquia São Francisco de Assis, as crendices populares não devem desviar o foco sobre o verdadeiro sentido do período.
“Algumas coisas são explicadas pela parapsicologia. Na religiosidade popular existem muitas histórias, inclusive atribuídas a santos”, ressalta.
Ele sugere discernimento e ressalta que para os católicos o essencial é a penitência como forma de acolher a Cristo.
Fonte: O Bem Dito
Edição Ubiratã Online: Vampeta
